Salut Alain,
En tant que demi-brésilien (par le mariage), je peux te dire que les magasins hi-fi tels qu'on les connaît ici sont assez rares au Brésil. Dans ce pays, c'est surtout la sono qui fait loi: plus ça gueule fort, mieux c'est.
Il ya bien quelques magasins dans les quartiers rupins de Rio, Sao Paulo, Brasilia et de quelques autres grandes villes, mais le choix est limité et les prix élevés.
Voici quelques considérations hi-fi qui m'ont été envoyées par un copain brésilien. C'est en portugais et je n'ai pas le temps de traduire. Bonne chance...
<<Também, para entender corretamente o que por aqui hoje ocorre com o áudio, é necessário se lembrar que já tivemos tradição (desde anos 40 até o início dos anos 60) em produzir áudio e discos de boa qualidade. Por exemplo, o primeiro cabeçote estereofônico para corte de acetatos (em tornos SCULLY, NEUMANN, PRESTO,...) foi produzido aqui quase ao mesmo tempo que a WESTREX introduzia no mercado usaniano a sua versão primeira deste produto e a razão disto foi justamente o fato deles se recusarem a vender tal produto para nós ! (O primeiro Lp estéreo de 12" aqui cortado usava esse cabeçote fabricado no Rio de Janeiro e se chama 'Sambas do Brasil', RCA, SLP -1, do qual tenho uma cópia em excelente estado.) Outro exemplo da época: durante o fim dos anos 50 e início dos 60, um alto-falante nacional CIBEAL era tão bem construído e acabado quanto um WARFEDALE inglês e tinha uma qualidade subjetiva tão boa quanto estes, todavia custando m-u-i-t-o menos. O mesmo valeu para transformadores de saída (um AUDIUM era tão bom ou melhor que um PARTRIDGE inglês) e válvulas para amplificadores de alta-fidelidade, etc. No final dos anos sessenta e durante todas as décadas setenta e oitenta, o áudio foi massificado e produzido em escala para atender a uma população que tinha mais que dobrado em número (São Paulo, a cidade de São Paulo, tem uma população maior que toda a Holanda e nosso pequeno estado, que também se chama São Paulo, tem uma população maior que a da Argentina inteira !), mas como ocorre quando o lucro vem em primeiro lugar, a qualidade dos produtos ofertados caiu e quando, nos anos noventa, a importação foi liberada, o fato pegou a indústria local, rica, porem envelhecida, de 'calças na mão' como dizemos por aqui. Houve falências generalizadas em todas as áreas produtivas. Antes nós fabricávamos de tudo e exportávamos absolutamente nada, depois estávamos importando de tudo e não produzindo mais nada !!
Com a falência das empresas grandes e pequenas, os profissionais que detinham a tecnologia se dispersaram para outras atividades ou simplesmente se aposentaram, resultando em um vácuo de 'cérebros' para corretamente impulsionar uma indústria que teima em se reorganizar, embora hajam sucessos inegáveis nas indústrias petrolífera, aeronáutica, automobilística e atividades tradicionais como aquelas da agricultura e pecuária/avicultura/suinocultura de corte.
O país se reorganiza, aprendeu a ganhar dinheiro exportando em quantidade e barato, mas toda esta maravilha ainda não ocorre com o áudio de qualidade, que encolheu e muito. Não sei sobre a Bélgica, mas aqui o áudio para os audiófilos, em termos de mercado consumidor, encolheu para níveis similares àqueles do fim dos anos cinquenta. É triste, mas é verdadeiro.
Sim, existem lojas (eu melhor diria, boutiques) para atender ao cliente com bastante dinheiro (tudo custa aqui praticamente o dobro, em termos de dólar, do que pode ser encontrado em uma loja equivalente em Nova Iorque ou Miami). Também, a cultura do áudio regrediu porque a nova geração teimou em não aprender o básico, o elementar, com a anterior. Paga-se caro e se usufrui mal porque as pessoas têm que reinventar o conhecimento da roda e o mercado como um todo, como sabem, não cresce sem o aprofundamento do conhecimento. Não basta ter dinheiro.
Todavia, mesmo havendo boa oferta de produtos importados (ou justamente por isto !), aqui e ali, de vez em quando surge uma 'indústria de fundo de quintal' (nosso termo equivalente ao 'cottage industry' usado na Inglaterra). Percebe-se então um certo 'brilho' ou 'polimento' da tecnologia, algo que acrescenta ou inova no conhecimento, fazendo-me ter esperança em um futuro relativamente próximo, pois como sabem, onde há dinheiro novo e farto, mais cedo ou mais tarde surge a sofitiscação no consumo. É do homem ser assim.
Sobre o áudio profissional.
Fortuitamente, em Terra Brasilis o Sol brilha forte o ano todo, principalmente no Norte/Nordeste. Como decorrência, o áudio pro teve e continua a ter um crescimento extraordinário e contínuo, porque shows para dezenas de milhares de pessoas ocorrem o ano todo e em todo o país que, casualmente, também é grande. Assim, produtos all-weather destinados a suportarem o abuso do P.A. estradeiro foram especificamente desenvolvidos durante quase quatro décadas, atingindo agora um nível world class em ítens tào diversos como mesas-de-mixagem; amplificadores até 10 KWrms/canal; caixas passivas/ativas processadas ou não e drivers quaisquer para alta-potência. Os produtos são extraordinariamente robustos (suportam aquilo que um JBL Pro ou RCF, apenas para citar duas marcas bem conhecidas, não suportam) e de custo relativamento modesto quando comparados àqueles importados. Neste setor do áudio não há crise e a indústria local fatura alto, mas neste setor não exportamos quase nada do que produzimos: o mercado interno consome tudo e ainda mais o que importamos. <<
Bon amusement au Brésil et si tu as besoin de renseignements supplémentaires, n'hésite pas à m'envoyer un e-mail.
Boa sorte,
Cristobal
P.S.: On trouve là-bas des tubes 6CA7 Orion new old stock. Si tu parviens à m'en ramener quelques-uns, ta descendance sera bénie jusqu'à la 768ème génération...
» 07 Jan 2003 21:46 
